O documentário aborda o dia a dia
de fotógrafos de natureza, mostrando com imagens e depoimentos o que os
profissionais vivenciam em virtude do trabalho, mais especificamente dos
fotógrafos profissionais que cobrem matérias para a aclamada revista National
Geographic.
De acordo com o comentário de um deles, pode ser, “ao mesmo tempo, o
melhor e o mais difícil trabalho do mundo”. Alguns viajam de trem para
cobrir/contar as histórias do seu modo, enfrentam dificuldades de todo o tipo e
momentos de pressão para conseguir as imagens desejadas, chegando a ser
responsáveis por cerca de 150 matérias por ano.
Com a tarefa de colocar o mundo e o que há nele nas páginas de uma
revista, esses fotógrafos têm em comum a habilidade de explorar, descobrir e
até mesmo arriscar suas vidas para documentar culturas e costumes nos lugares
mais longínquos do planeta. Algumas imagens retratadas são extremamente
românticas. Mas, “o que a realidade tem a ver com o sonho?”, a mente precisa
ver para crer.
Entre
a rotina e a missão, viajam muitas vezes adoecendo, melhorando, orando...
Desafiam cansaço, exaustão, aviões que caem, roubos, problemas em campo. Além disso, perdem tempo
com a burocracia das autorizações e precisam, acima de tudo, sobreviver ao
ambiente onde vão fotografar, por mais hostil que pareça.
O modo como os fotógrafos de natureza vêem o mundo hoje, é diferente do
modo com que viam seus antecessores. Os profissionais da National Geographic são livres para seguir seus estilos criando
retratos surpreendentes que fascinam tanto quanto informam. Para Steve Mc
Curry, “a pouca luz lhe dá algo espacial com o que trabalhar”, afirmou o
especialista para quem uma boa fotografia deve ser esteticamente trabalhada,
mas também dizer algo a respeito do planeta.
A cobertura deve ser completa, e conter uma carga emocional íntima,
profunda, pessoal. Adentrar a vida do sujeito/elemento e colocá-lo à vontade
caracteriza o trabalho mais importante na vida do fotojornalista. Tentar fazer
o melhor para si e o retratado deve ser a postura digna do fotógrafo. Muitas
descobertas históricas e arqueológicas foram reveladas ao mundo graças às
imagens fotográficas, assim como a natureza exuberante da vida selvagem.
Aos fotógrafos é fundamental que o equipamento dê conta de proporcionar
uma nova forma de ver as coisas; a câmera também pode vir a tornar-se uma
espécie de escudo que, às vezes, é necessário dependendo da situação envolvida.
No meio jornalístico, é consenso que em toda publicação a foto de capa é a mais
importante. Para a revista National
Geographic, em especial, a imagem precisa ser simples, direta e ter a
capacidade de “agarrar” o leitor.
A principal responsabilidade dessa equipe de profissionais é a precisão
honesta no que registram/mostram, pois toda imagem constitui uma fatia, um
momento do tempo que nunca irá definitivamente embora, justamente nesse ponto é que reside a responsabilidade dos fotógrafos.