segunda-feira, 30 de abril de 2012

Miksang - a "Fotografia Contemplativa"

Contemplação, meditação, concentração... propósitos da fotografia Miksang.
Sabedoria, consciência, percepção... Arte proporcionada pelo "Miksang" ou "Good Eye", que em tibetano significa "olho bom". 
A grande essência da fotografia miksang é despertar-nos para o que nos toca, por isso é também chamada de fotografia contemplativa, por utilizar critérios diferentes dos convencionais para levar o fotógrafo a disparar o clique. 
Parar, sentir, clicar. É reunir a mente limpa, a visão clara e o coração puro antes de disparar o botão do obturador. 
É fotografar como uma forma de meditação... Assim, o clique somente ocorre quando o coração é tocado.
A técnica pode parecer, à princípio, um tanto estranha, mas no Japão por exemplo, é comum combinar a meditação às ações do dia a dia.
Manter a mente consciente, desperta, no aqui e agora e perceber no centro do coração o que mais toca nosso olhar... Convidativo, não é mesmo?! 
Uma verdadeira pausa no instante para colher momentos mágicos e singulares da arte de viver!
Eu pratico! E você?


Mirele Pacheco


                                              Obra exposta no Museu Nacional de Artes Visuais
                                              Montevideo, Uruguay, abril 2012
                                              Foto: Mirele Pacheco






http://www.fotografiaulbra-rs.blogspot.com.br/

terça-feira, 24 de abril de 2012


Montevideo, Uruguay
abril 2012





                                                                                                                    






segunda-feira, 23 de abril de 2012

Fotografia de Arquitetura_G1_Professor Fernando Pires


                                                    Vista Urbana
                                                    Centro Administrativo do Estado do RS
                                                    Nikon D5100
                                                    f 4
                                                   1/500s
                                                   ISO 400




                                                     Fachada
                                                     Fundação Iberê Camargo
                                                     Nikon D5100
                                                     f 3.8
                                                     1/500s
                                                     ISO 100




                                                      Linhas em diagonal
                                                      Fundação Iberê Camargo
                                                      Nikon D5100
                                                      f 3.8
                                                      1/250s
                                                      ISO 400
   


O que é arquitetura? O que é ser fotógrafo de arquitetura?

Definir arquitetura e a missão do fotógrafo de arquitetura é algo, no mínimo, instigante. O desafio reside, em ambos os casos, em assumir riscos para se fazer algo novo, concreto, operando com a arte e a física. É pensar na imagem que se deseja obter como se fosse uma folha em branco à frente do "construtor" da imagem. A fotografia de arquitetura constitui-se num documento que contém, em imagens, todo um processo de idéias, planejamento e experimentação ocorridos nessas esculturas (edifícios) assentados na cidade. 


São complexas a compreensão e a forma de entendê-los. É preciso disciplina para capturar por meio do aparelho fotográfico a expressividade do artista arquiteto. A fotografia deve dar conta da composição que é a arquitetura, com sua qualidade intrínseca que é o que a faz pertencer ao lugar... se um edifício for retirado do local onde estava, pode ficar difícil passar a entender a cidade. Nesse sentido, a missão do fotógrafo de arquitetura é ter uma clara percepção de tal processo. As imagens fotográficas, em sua linguagem, devem dizer o que é preciso ver, e como ver. Para o arquiteto, assim como para o fotógrafo, "o importante é estar satisfeito com a luz!"


Além disso, deve-se ter em mente que, tanto no projeto arquitetônico quanto no fotográfico, o cliente é a influência mais importante. Para tanto, é preciso absorver o que acontece no ambiente que se deseja fotografar - a superfície, a luz batendo nos materiais, os reflexos, as dimensões - pois todos esses elementos compõem um enigma a ser traduzido em imagem fotográfica. E a boa fotografia de arquitetura deve conter a solução.


Mirele Pacheco
(Resenha produzida a partir do vídeo relativo à obra do arquiteto Frank Gehry)
Disciplina: Fotografia de Arquitetura
Professor: Fernando Pires
Ulbra 2012/1 



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Orquestra Villa-Lobos comemora 20 anos de educação musical


16/04/2012 11:56:50

Foto: Mirele Pacheco/Divulgação PMPA
Filme mostrou história da orquestra
Filme mostrou história da orquestra
Uma noite de festa celebrou os 20 anos da Orquestra Villa-Lobos, em concerto apresentado na noite de domingo, 15, no Teatro CIEE. A educação musical na Rede Municipal de Ensino teve destaque durante mais de uma hora de espetáculo, em composições nacionais e internacionais. O evento foi aberto ao público e prestigiado por pais, colegas, amigos e professores dos jovens músicos, além da secretária municipal de Educação, Cleci Jurach.  (fotos)

O espetáculo iniciou com a projeção de filme enfocando a história da orquestra e depoimentos de estudantes, professores, ex-alunos e autoridades, ressaltando a importância do trabalho desenvolvido com dedicação à educação musical. No repertório, canções de Villa-Lobos, Astor Piazzolla, John Lennon e Paul McCartney, Renato Teixeira, Steve Wonder, Gonzaguinha, entre outros, arrancaram aplausos e manifestações de carinho da platéia.

A surpresa ficou por conta da participação especial de ex-integrantes do grupo que, a convite da professora, coordenadora e maestrina Cecília Rheingantz Silveira, subiram ao palco emocionados para tocar junto aos colegas. A apresentação contou, também, com a participação do Grupo Vocal Villa-Lobos. No encerramento, o público foi convidado a participar de coquetel com direito a bolo e parabéns para comemorar a noite de música e celebração.

Considerada modelo incentivador e motivador para educadores musicais de todo país, a Villa-Lobos está consagrada por sua contribuição na área educacional, cultural e social, refletindo a evolução do processo de musicalização nas escolas municipais. Criada em 15 de abril de 1992, a orquestra é resultado do trabalho de educação musical na Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos, na Lomba do Pinheiro. A iniciativa, mantida pela Secretaria Municipal de Educação (Smed), tem a parceria de ONGs e associações para atender mais de 500 crianças e jovens, em mais de 80 turmas de oficinas realizadas na escola e em outros sete locais do bairro.

O trabalho idealizado por Cecília tem como objetivo proporcionar, a essas crianças e jovens em idade escolar, o acesso ao ensino de música pública de qualidade, capacitando-os e promovendo a iniciação musical de tantos outros, que, anualmente, são preparados para o ingresso no grupo artístico.

Iniciado como orquestra de flautas doces, o grupo tomou forma em 2003 quando o projeto foi ampliado e mais instrumentos foram adquiridos. Composta por 40 jovens de 12 a 23 anos, mais do que musicalidade, também acrescenta lições à vida social dos participantes, pois muitos dos que participaram e cresceram na orquestra hoje são pais de alunos, e fazem questão de que seus filhos tenham a mesma educação que tiveram e que a integrem.

Prêmios e CDs – Com mais de 850 concertos realizados, para público superior a 220 mil pessoas, a Orquestra Villa-Lobos já recebeu premiações importantes como o Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre; o troféu de Defesa de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, pela Unesco/Assembléia Legislativa/Fundação Maurício Sobrinho; e a certificação do Ministério da Cultura, com o selo Prêmio Cultura Viva. Além disso, possui dois CDs gravados: O Trenzinho Caipira (2002) e Olhos Coloridos (2008).

Arquiteto Mario Palanti


Mario Palanti, arquiteto italiano, chegou à Argentina em 1909, na véspera do centenário de maio deparando-se com uma Buenos Aires que tentava, dentro de um processo modernizador, consolidar-se através da transformação física. Paralelamente, observava-se um fluxo massivo de imigrantes e a construção de uma “identidade” que buscava, na arquitetura, um “estilo nacional”.


Ao desembarcar, Palanti colaborava com o colega Gaetano Moretti na construção do Pavilhão Italiano para a Exposição do Centenário. O período marcaria a ascensão na carreira de Palanti, permitindo a realização de seus projetos até o começo da década de 1930. Trabalhou junto a Arturo Prins Oskar Ranzenhofer para, tão logo ter conquistado reconhecimento local, estabelecer seu próprio escritório. Nos anos seguintes, Palanti trabalhou, principalmente, para empresários e comerciantes da comunidade italiana radicada em Buenos Aires, desenvolvendo um estilo único que caracterizaria sua arquitetura.
Seu estilo singular gerou confronto com outros profissionais e autoridades locais, preocupados com a busca de um “estilo nacional” e também no âmbito da estética arquitetônica. Sua primeira exposição pública foi em 1916 quando, a convite da Comissão de Belas Artes, realizou uma exposição pessoal de arquitetura com a qual publicou seu primeiro livro "Prima esposizione personale d´architettura nella repubblica Argentina". Na época, o crescimento econômico do país era mostrado através dos empreendedores - homens ricos -  vistos como símbolo de progresso e ratificadores da prosperidade do país. Os jornais foram os grandes divulgadores da obra do arquiteto. Um caso paradigmático foi a construção do Palácio Salvo, única obra de Palanti em Montevidéu (1922-1928), cujo impacto imaginário fez dele o símbolo de uma época e emblema da modernidade. A imagem que se criava em torno desses edifícios e seus proprietários contrastava com a tentativa de alcançar uma "arte nacional" e uma maior homogeneidade na imagem da cidade. Além disso, tais edifícios diferiam do "ideal" estilístico anteriormente compreendido na história da arquitetura. Os sistemas construtivos, técnicas e métodos projetuais foram, muitas vezes negligenciados na busca de uma imagem que resultasse mais coerente com a imagem de "modernidade".
                                                           Palácio Barolo, Buenos Aires, Argentina

                                                                                   Palácio Barolo

                                                                Palácio Barolo (hall principal)

                                                                      Catedral Metropolitana, Buenos Aires

                                                                                                    Hotel Castelar, Buenos Aires

                                                                           Palácio Salvo, Montevidéu

                                                                         Palácio SalvoFoto: Mirele Pacheco

                                                                        Palácio Salvo                                                                  Foto: Mirele Pacheco



Philippe Patrick Starck, Designer


Conceituado designer francês, nasceu em Paris em 18 de janeiro de 1849, e ficou conhecido mundialmente pelo design leve e contemporâneo, tanto pela forma, quanto pelos materiais que emprega nas suas criações. Possui uma obra multidisciplinar, que vai do design de interiores ao de bens de consumo de massas, como motos, cadeiras, mouses de computador e até mesmo escovas de dentes. Foi influenciado pelo pai, engenheiro aeronáutico com quem passou grande parte da infância, ficando muitas horas em seu estúdio, onde cortava, colava e montava diversos objetos.

Estudou em Paris na École Nissim de Camondo, de 1965 até 1967. Em 1965, ganhou a competição de mobiliário de La Vilette. Três anos depois fez parte do desenvolvimento de móveis infláveis em parceria com L.Venturi. Foi diretor de arte da Pierre Cardin (1969) onde produziu 65 peças de design exclusivo. Trabalhou para várias empresas como: Disform, Driade, Baleri, XO e Idée. Em 1979, fundou sua própria empresa, a Starck Productions. Já havia trabalhado como designer de produtos, de mobiliário e de interiores quando foi selecionado a desenvolver a renovação completa do apartamento privado do presidente francês François Mitterrand, em 1982. Dois anos mais tarde, desenhou o interior do Café Costes, em Paris, o que lhe rendeu a fama internacional. Em 1986, tornou-se conferencista adjunto da Domus Academy, em Milão. Além disso, tornou-se diretor de arte do famoso designer de moda francês Pierre Cardin.


Para produzir e comercializar em massa, Starck cria objetos domésticos, de uso diário, estilizados, racionalizados e por vezes orgânicos, recorrendo a combinações de pedra e vidro, plástico, alumínio e têxtil. Também criou peças de mobília que se tornaram mundialmente famosas. Trabalhando para a empresa italiana Kartell, desenhou peças tais como a “Louis Ghost Chair”, “Bubble Club Sofa” e “La Bohème stool” que se tornaram marcos do design contemporâneo.  Desenhou, ainda, vários interiores de restaurantes e hotéis em todo o mundo. Recebeu centenas de prêmios e, atualmente, vive em 4 cidades diferentes: Nova Iorque, onde trabalha; Paris, onde faz relações públicas, Londres e Baruna, Itália. 







                                                  Interior do Café Costes, em Paris









                                                      "Juicy Salif", espremedor de frutas






                                                                                            BaObab Desk








                         



Sobre o arquiteto Álvaro Siza


Álvaro Joaquim Melo Siza Vieira nasceu em 1933, em Porto, Portugal.
Em 1949, ingressou no curso de arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, persuadido por seu pai. Nutria, porém, um grande interesse pela escultura. Ainda estudante, conheceu as obras de Gaudí, quando optou definitivamente pela arquitetura. Inspirou-se, também, na obra de Oscar Niemeyer que, na época, exercia grande influência sobre a escola do Porto. Contudo, Siza permaneceu exercitando a escultura e o desenho. De carreira profissional precoce, realizou os primeiros projetos antes da formatura, em 1955.

Também trabalhou como estagiário e depois como arquiteto no escritório de Fernando Távora, seu respeitado e reverenciado professor. Desde cedo, o arquiteto empenhou-se em construir uma obra caracterizada pela incessante busca do inovador. Os primeiros projetos, a partir de 1958, chamaram a atenção da imprensa local, de maneira negativa. O dissabor inicial veio a ser devidamente compensado por uma grande quantidade de prêmios que vem recebendo. Entre eles, a Medalha de Ouro do Colégio de Arquitetos de Madrid, o Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe, o Prêmio Pritzker e a Medalha Alvar Aalto.

Em 1966, iniciou carreira como professor. As exposições de sua obra circulam pelo mundo, sendo vistas em Bienais e museus. Possui obras por toda a Europa, como o Museu Serralves, na cidade do Porto, e o Centro Galego de Arte Contemporânea, em Santiago de Compostela. São características de seu trabalho, a complexidade formal e a simplicidade do desenho, com destaque para os planos horizontais, clareza das formas e requinte dos espaços. Atualmente, é considerado um dos mais importantes arquitetos contemporâneos, tendo como primeiro trabalho no Brasil, a sede da Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre. Siza a define como uma “quase escultura” em que luz, textura, movimento e espaço são cuidadosamente explorados numa edificação que favorece a relação direta entre o espectador e a obra de arte, e torna o contato com o trabalho de Iberê Camargo, ainda mais rico. O projeto foi agraciado com o Leão de Ouro da 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, importante evento entre os profissionais da área.
                                                           




                                                                               Fundação Iberê Camargo
                                                           Foto: Mirele Pacheco






                                                                              Escola de Arquitetura do Porto






                                                                                           Museu Serralves