segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sobre o arquiteto Álvaro Siza


Álvaro Joaquim Melo Siza Vieira nasceu em 1933, em Porto, Portugal.
Em 1949, ingressou no curso de arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, persuadido por seu pai. Nutria, porém, um grande interesse pela escultura. Ainda estudante, conheceu as obras de Gaudí, quando optou definitivamente pela arquitetura. Inspirou-se, também, na obra de Oscar Niemeyer que, na época, exercia grande influência sobre a escola do Porto. Contudo, Siza permaneceu exercitando a escultura e o desenho. De carreira profissional precoce, realizou os primeiros projetos antes da formatura, em 1955.

Também trabalhou como estagiário e depois como arquiteto no escritório de Fernando Távora, seu respeitado e reverenciado professor. Desde cedo, o arquiteto empenhou-se em construir uma obra caracterizada pela incessante busca do inovador. Os primeiros projetos, a partir de 1958, chamaram a atenção da imprensa local, de maneira negativa. O dissabor inicial veio a ser devidamente compensado por uma grande quantidade de prêmios que vem recebendo. Entre eles, a Medalha de Ouro do Colégio de Arquitetos de Madrid, o Prêmio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe, o Prêmio Pritzker e a Medalha Alvar Aalto.

Em 1966, iniciou carreira como professor. As exposições de sua obra circulam pelo mundo, sendo vistas em Bienais e museus. Possui obras por toda a Europa, como o Museu Serralves, na cidade do Porto, e o Centro Galego de Arte Contemporânea, em Santiago de Compostela. São características de seu trabalho, a complexidade formal e a simplicidade do desenho, com destaque para os planos horizontais, clareza das formas e requinte dos espaços. Atualmente, é considerado um dos mais importantes arquitetos contemporâneos, tendo como primeiro trabalho no Brasil, a sede da Fundação Iberê Camargo em Porto Alegre. Siza a define como uma “quase escultura” em que luz, textura, movimento e espaço são cuidadosamente explorados numa edificação que favorece a relação direta entre o espectador e a obra de arte, e torna o contato com o trabalho de Iberê Camargo, ainda mais rico. O projeto foi agraciado com o Leão de Ouro da 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, importante evento entre os profissionais da área.
                                                           




                                                                               Fundação Iberê Camargo
                                                           Foto: Mirele Pacheco






                                                                              Escola de Arquitetura do Porto






                                                                                           Museu Serralves

Nenhum comentário:

Postar um comentário