domingo, 30 de setembro de 2012

Resenha relativa ao documentário “Uma verdade inconveniente – um aviso global”, produzido pela Paramount Pictures

  O filme aborda uma mensagem de alerta e conscientização sobre o perigo real e imediato do superaquecimento global, bem como suas conseqüências para a humanidade e todo o ecossistema. De maneira didática, o documentário expõe, por meio de imagens e gráficos, a visão de um pesquisador que foi, também, candidato à presidência dos Estados Unidos da América, Al Gore.

   De acordo com os conceitos científicos expostos, a ação do homem está enchendo a fina camada da Terra – atmosfera - com poluição. A narrativa parte da observação de fotografias antigas do globo terrestre, de 1968 e 1972, retratadas por espaçonaves em missões espaciais da Apollo 8, Apollo 17 e Galileo, e também fotos antigas e recentes enfocando rios, geleiras, furacões, cidades inundadas e locais de estiagem, entre outras.

   Analisando gráficos que mostram a elevação dos índices de emissão de dióxido de carbono, desde 1958, além das bruscas mudanças meteorológicas e climáticas, Al Gore lançou um apelo surpreendente com objetivo de tornar consciente a urgência da transformação nos padrões de hábito mundiais. Para ele, “a ação dos políticos é um imperativo moral para admitir a situação do planeta e promover realizações que gerem mudanças”, afirmou o porta-voz da causa ambiental.

   Individuais e coletivas, por parte dos cidadãos e, especialmente dos políticos, tais medidas só não são adotadas como convêm porque existe, ainda, o entrave da crença errônea de que a situação não é “bem assim”, logo, não seria de dimensões tão grandes que pudessem afetar realmente todo o planeta, segundo o argumento. De acordo com Al Gore, que passou a dedicar-se à extensa e minuciosa pesquisa para provar e divulgar o contrário a fim de convencer o maior número possível de pessoas, os índices de elevação do dióxido de carbono vêm, sim, aumentando vertiginosamente a cada ano e, atualmente, é possível ver o real impacto dessa condição catastrófica afetando o mundo inteiro.

   É inegável o fato de que estão desaparecendo ou já estão condenadas à extinção de inúmeras espécies de peixes, animais terrestres e aves, além da vegetação e do sofrimento dos próprios seres humanos com uma infinidade de doenças virais, escassez de água ou enchentes, escassez de alimentos, poluição atmosférica, enfim, toda uma geração presente – e futura – alvo dos reflexos nocivos que foram semeados pela própria ação do homem (in) consciente sobre a Terra. “Atualmente, o nível de dióxido de carbono está muito acima do que esteve em qualquer outra época!”, advertiu o pesquisador.

   Também enfatizou que as fortíssimas ondas de calor, chegando a atingir em muitos locais a marca de 50°, serão cada vez mais freqüentes, sem contar o aumento de temperatura que ocorre, paralelamente, no oceano. Outro ponto importante abordado refere-se à premissa de que a civilização está entrando em colisão com a Terra, por meio de três fatores causais básicos: a população, que devido à proliferação tende a aumentar a pressão por alimentos, demanda de água e recursos naturais vulneráveis (como a madeira, por exemplo); a revolução científica e tecnológica, que traz imbutida a responsabilidade de (re) pensar as consequências de sua utilização que podem ser - e já o são em muitos casos - bastante dramáticas, basta observar o consumo irrefreável de automóveis; e, por último, a mais importante: nossa maneira de pensar a relação economia X meio ambiente.
  
   Diante deste cenário, “como pensar nosso tempo neste planeta Terra?”, é a indagação proposta para as platéias repletas de pessoas que assistem a numerosas conferências do homem que tenta, ao redor do mundo, promover reflexão e mudança nas mentes humanas.

   Para finalizar, ou mesmo para realizar um início efetivo de mudança e, principalmente, de ação e não teorização, o novo princípio moral que urge ser estabelecido ordena que olhemos para o próprio “micro-mundo”, para avaliar a ação individual no espaço em que habitamos, começando pelo próprio lar, o condomínio, a rua, o bairro, a cidade... Já estamos imersos nas conseqüências, é verdade, geradas por aqueles que vieram antes de nós... Contudo, já geramos filhos que herdarão toda esta configuração planetária atuando em uma rede que é, acima de tudo, interdependente.

    Assim, a pergunta central é: o que estamos deixando para nossos filhos e para os filhos de nossos filhos? E o que podemos fazer, agora, para mudar isso?


“É da natureza humana demorar um tempo para ligar os pontos, mas, também já sabemos que virá o dia em que desejaríamos ter ligado os pontos mais rápido.”

 
(Citação extraída do documentário)



Resenha produzida por Mirele de Oliveira Pacheco
Disciplina de Fotografia Ambiental
Professor Fernando Pires
CST em Fotografia - Curso de Comunicação Social
Ulbra/Canoas
2012/2

  

Características da fotografia ambiental e do fotógrafo de natureza

     O grande objetivo da fotografia ambiental é o registro fidedigno das imagens da flora e fauna local, além de promover a oportunidade de reconectar o ser humano ao ambiente natural. E para o ato fotográfico não constituir um ato mecânico, é imprescindível que o fotógrafo tenha amor pela natureza!

     Ser dotado de paciência e portar equipamento adequado são ferramentas indispensáveis ao profissional que optar por se dedicar ao segmento. O domínio da técnica deve estar incorporado ao perfil desse especialista, porém, só isso não basta para a produção de boas imagens. Humildade, intuição, talento, observação visual apurada e espírito de aventura também fazem parte do pacote de habilidades que não se adquire nos bancos acadêmicos se já não houver disposição para tal, aliada à preferência e gosto pessoal do fotógrafo.

   Ainda são necessários conhecimentos científicos que envolvam biologia, ecologia, botânica, zoologia, geografia; preparação física e adaptabilidade. Em incursões fotográficas, é conveniente acercar-se da companhia de um guia conhecedor dos costumes da região e dos costumes dos alvos de seus cliques. Encontrar o assunto fotográfico nem sempre é rápido e fácil, pois a natureza desenvolve seu próprio curso e cabe ao fotógrafo descobrir os tempos e espaços pertinentes à sintonia essencial para cada momento.

   Outro detalhe importante é a roupa do fotógrafo, que deve ser confortável, permitir flexibilidade e permitir ao corpo respirar, além de ser adequada às características do local. No caso de fotografar em locais com alagados, convém ter um saco estanque para acomodar câmera, lentes e acessórios. Boné, chapéu, óculos escuros, repelente de insetos e protetor solar também são indispensáveis em praticamente todas as situações que envolvam fotografia ambiental. Permeando todos os aspectos está o planejamento da viagem, expedição ou safári considerando a escolha do lugar de destino com base na melhor época do ano, período de permanência, equipamento e orçamento, entre outros detalhes.

   Fotografar a simplicidade e a beleza da natureza pode parecer uma tarefa muito fácil, mas não é. De olho num futuro que está bem próximo, pois se constitui de cada novo momento vivenciado, o fotógrafo precisa agir sem demora para transformar consciências por meio de suas fotografias. Elas podem ter cunho artístico, autoral, publicitário, editorial, informativo, mas também podem - e devem - acima de qualquer aspecto comercial, servir como registro inconteste de denúncia das más ações da própria espécie humana.

   Atualmente, em virtude da situação global vivenciada no planeta, bem como a urgência de conscientização e práticas efetivas, não seria pretensioso afirmar que é possível fazer a diferença mostrando imagens que documentem tanto a preservação quanto a devastação do meio em que vivemos. E cabe ao fotógrafo consciente de sua tarefa social o trabalho de gerar muito mais do que imagens, pois suas fotografias podem tornar-se referências na preservação e na promoção do desenvolvimento e da qualidade de vida.

   Creio que uma pergunta pertinente que todo fotógrafo deveria fazer a si mesmo é: “Quanta energia eu coloco na preservação do meio ambiente? É a mesma que emprego nas minhas fotografias?”

   Para quem desejar ser um fotógrafo compatível com a nova postura socioambiental que o planeta Terra exige, será necessário atuar, também, de maneira sustentável. Tanto o profissional quanto a sua empresa precisam produzir o máximo de imagens com o mínimo desperdício; cumprir as obrigações legais e regulamentos dos parques, reservas e refúgios biológicos; respeitar os diferentes públicos com os quais se relaciona e interagir com a comunidade na qual está inserido. Precisa adquirir, fundamentalmente, uma postura que contemple a própria ecologia interna, pois ninguém pode dar aquilo que não tem.

   No meio cultural e comunitário pode ser interessante alavancar projetos fotográficos que gerem novas consciências, capazes de produzir a energia que o mundo precisa para ser sustentável.

   Para finalizar, pode-se afirmar que a construção de uma imagem resulta em uma potência expressiva composta por diversos elementos que combinam, justapõem e também contrapõem sentidos a partir do momento fatídico de disparo do obturador. A fotografia pode se configurar como um instrumento legal para o aproveitamento da habilidade consciente dos seres humanos no gerenciamento da manutenção da natureza, tarefa de todos os cidadãos e governantes que habitam uma rede infinitamente interdependente e cíclica de causas e conseqüências - o planeta Terra.


Resenha produzida por Mirele de Oliveira Pacheco
Disciplina de Fotografia Ambiental
Professor Fernando Pires
CST em Fotografia - Curso de Comunicação Social
Ulbra/Canoas
2012/2


Fontes de consulta:

Material didático fornecido pelo professor;
Revistas especializadas em fotografia (Digital Photographer, Photo Magazine e Fotografe Melhor);
Vivências e opinião pessoal da aluna.

O que é "ecossistema"?

   Ecossistema é a unidade principal de estudo da ecologia e pode ser definido como um sistema composto pelos seres vivos (fauna e flora) mais os microorganismos e o local onde eles vivem, e no qual estão inseridos todos os componentes não vivos do ecossistema, como: os minerais, as pedras, o clima, a própria luz solar, envolvendo todas as relações destes com o meio e entre si, com equilíbrio e harmonia. 

   As dimensões de um ecossistema podem variar consideravelmente desde uma poça de água até a totalidade do planeta Terra, que pode ser considerado como um imenso ecossistema composto por todos os ecossistemas existentes (ecosfera).

   Não se deve confundir “ecossistema” com “bioma”. O bioma é geograficamente mais abrangente e é predominantemente definido de acordo com um conjunto de vegetações com características semelhantes, além de outros requisitos.

   Os ecossistemas são classificados de duas formas: terrestres e aquáticos. Ambos possuem funcionamento semelhante, a única diferença é a quantidade de água presente em cada um, fazendo com que comportem formas de vida completamente diferentes. Ainda assim, algumas podem compartilhar ou migrar de um meio para o outro. 

   A alteração de um único elemento, por alguma causa externa, implica em modificações em todo o sistema e pode ocorrer a perda do equilíbrio existente.


Resenha produzida por Mirele de Oliveira Pacheco
Disciplina de Fotografia Ambiental
Professor Fernando Pires
CST em Fotografia - Curso de Comunicação Social
Ulbra/Canoas
2012/2


Referências:

Minidicionário Luft. São Paulo: Ática, 2000.
Minidicionário Ruth Rocha. São Paulo: Scipione, 1996.
 www.suapesquisa.com
www.infoescola.com




O que é "bioma"?

   Bioma ( bios = vida e oma = grupo ou massa) é um termo utilizado para designar uma unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, o aspecto da vegetação de um lugar, o solo e a altitude específicos. A nomenclatura foi utilizada pela primeira vez em 1916, por Clements (ecologista norte-americano). Ele classificou bioma como “uma comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, uma comunidade biótica”.

   Essa comunidade é, portanto, um conjunto dos seres vivos em uma área muito grande, constituindo um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Em um bioma há um tipo principal de vegetação, mas num mesmo bioma podem existir diversos tipos. Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada às condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes.

   Há diversos biomas no mundo e as definições variam de autor para autor. Seriam eles: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes, prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, os sistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas.

   Os biomas brasileiros caracterizam-se por uma grande diversidade de animais e vegetais, denominada biodiversidade, como: Biomas litorâneos; Caatinga; Campos; Cerrado; Floresta Amazônica; Mata dos pinhais; Mata Atlântica; Mata de cocais; Pantanal.


Resenha produzida por Mirele de Oliveira Pacheco
Disciplina de Fotografia Ambiental
Professor Fernando Pires
CST em Fotografia - Curso de Comunicação Social
Ulbra/Canoas
2012/2


Referências:

Minidicionário Luft. São Paulo: Ática, 2000.
Minidicionário Ruth Rocha. São Paulo: Scipione, 1996.
 www.suapesquisa.com
www.infoescola.com